Um filme que deveria ser passado nos colégios. Onde adolescentes estão sempre exigindo de si, e também dos colegas, a troca constante por calçados, roupas, acessórios caros, de marcas da moda. Chegando muita das vezes a discriminar a quem não segue esses modismo. Pois há quem não os siga. Quer seja por não terem dinheiro, ou por não ver nenhuma graça nisso.
Também deveria ser vistos por crianças. Para perceberem quais são os verdadeiros valores. Principalmente, numa cena com torrões de açúcar. Onde a menininha levando chá para o pai, ele lhe pede que lhe traga o açucareiro. Causando espanto a ela, pois ele estava quebrando um bloco de açúcar em pequenos torrões. Mesmo com toda a dureza, com dívidas acumuladas, aquele pai passou a filha uma lição linda. De que aquilo fora confiado a ele. Que não pertencia a eles. Lindo! Alguns políticos também poderia ver essa parte, pelo menos.
O filme traz um curto período na vida de dois irmãos: Ali, o mais velho com 9 anos de idade, e a Zahra, a irmã do meio. E um único par de calçado.
Um pouco de sua família: O pai tem como emprego, servir chá numa Mesquita. A mãe, lava tapetes para fora. O dinheiro mal dá para por as contas em dia. Até o pequeno cômodo onde moram, o aluguel está em atraso.
Ali, por conta da mãe está adoentada, se ver forçado a não ir brincar mais, pois precisa ajudar em casa. E parece que é um bom jogador, pois é bastante assediado por um coleguinha. Numa outra cena, vai vivenciar um pouquinho de quase um outro mundo. Num bairro das lindas mansões. Onde conhecerá um menininho que por ter dinheiro demais, não tem com quem brincar. A cena com o elefantinho de pelúcia, fiquei com lágrimas nos olhos.
Ali na volta para casa, onde tinha levado o único sapatinho de Zahra para um conserto, o perde. Ao contar a irmã começa todo o drama. A cumplicidade desses dois é de, hora nos fazer sorrir, hora, nos levar a ficar em lágrimas. Por não contar aos pais o que houve, a cena onde Zahra quer saber como irá na escola no dia seguinte… De tão simples, chegar a ser sensacional! E nosso sorriso brota. Ela nos conquista de vez. Olhem que essa é só o comecinho. Zahra ainda nos levará a outros encantos mais.
A solução encontrada… nos leva a uma torcida silenciosa por eles… é desgastante para eles. São crianças, e já tendo o peso de não endividar mais os pais. Zahra, mesmo assim, não conta aos pais. Por amor, também ao irmão. Ali, por sua vez, mais do que o medo de uma surra, sente que perderia de vez de receber do pai um carinho. Mais até, ele queria que o pai sentisse orgulho dele. A cena onde o pai finalmente sente orgulho, sente respeito por ele, é linda!
Zahra até consegue achar os seus sapatinhos. Ela e Ali vão até lá buscar. Mas… Uau! Esses dois são demais!! E tem uma posterior, dela com a nova e então ex-dona dos sapatinhos cor de rosa… Bem, ao mesmo tempo que sentimos um nó na garganta, somos levado a sorrir com Zahra.
Eis que surge uma chance de conseguirem um outro calçado. Por uma Corrida com meninos de vários colégios. Cujo prêmio para o 3º lugar é um par de tênis. Ali então promete a Zahra que irá conseguir esse prêmio e o dará ela. A corrida é emocionante! Mas…
Será difícil reter as lágrimas no final. Uau! Que final! Bravo, Ali e Zahra! Amei os dois! Que belíssima lição de vida ambos nos brindaram! Parabéns também ao Diretor! Mais um a mostrar que uma bela história não precisa de ter grandes efeitos especiais. A primeira cena já nos deixa uma bela mensagem. Um filme inesquecível! De ver e rever!
Nenhum comentário:
Postar um comentário